segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ética contemporânea no Brasil

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ

Luis Fernando Veríssimo definiu ética de uma maneira bem peculiar:

A ética é um comportamento social, ninguém é ético num vácuo, ou teoricamente ético. Quem vive numa economia a-ética, sob um governo antiético e numa sociedade imoral acaba só podendo exercer a sua ética em casa, onde ela fica parecendo uma espécie de esquisitice. A grande questão destes tempos degradados é em que medida uma ética pessoal onde não existe ética social é um refúgio, uma resistência ou uma hipocrisia. Já que ninguém mais pode ter a pretensão de ser um exemplo moral sequer para o seu cachorro, quando tudo à sua volta é um exemplo do contrário.

Nós somos desde crianças educados a agir de determinadas maneiras perante a sociedade. Estes valores que nos são passados são os valores éticos. Diferentes dos morais. A moral diz respeito à interiorização dos valores éticos. Ou seja, quando agimos eticamente por aquilo já fazer parte do nosso íntimo. Por exemplo: uma regra eticamente aceita é a de não buzinar na frente de hospitais. Mas cabe a cada um decidir se buzinará ou não. E cumprir por cumprir a regra, não significa que aquilo é moralmente aceito por nós.

Na atual sociedade brasileira ser ético é difícil e muitas vezes revoltante. Explico: tantas vezes algumas pessoas buscam fazer o que é eticamente aceitável, mas diante da atitude da maioria – e bote maioria – acaba por se revoltar e se corromper. Deixam de lado seus valores morais e passam a agir da forma que deveria ser eticamente inaceitável, mas que é perfeitamente aceitável pela sociedade. Tomando esta idéia se retoma o conceito dado por Veríssimo e se questiona: do que adiante ser ético, se somente eu sigo tais valores?

O ético é, muitas vezes, visto como hipócrita pela sociedade, pois para os que não têm a moral, ou seja, a ética inserida no seu eu, se torna incompreensível existir uma pessoa que se preocupe com o social. Porque ser ético é se preocupar com o social. Você se abstém de determinadas atitudes ou age de determinada maneira pensando no convívio com o outro, ainda que isso não seja o mais agradável para você, ou que não seja do seu interesse imediato. Exemplo prático: na padaria perto da minha casa tem um estacionamento para os clientes. Se não tem vaga, não paro o carro trancando outra pessoa (comportamento ético aceitável). No entanto, pára um senhor atrás do meu carro e quando eu reclamo, dizendo que já estou saindo, a resposta dele é: “mas é rapidinho e eu tô com pressa! Vai dizer que nunca aconteceu com você?”

Ora, estamos vivendo numa sociedade extremamente egoísta, egocêntrica: se os meus objetivos são atingidos, se as coisas saem da forma que eu quero, está tudo valendo. É a idéia de “os fins justificam os meios”, sendo que interpretada de uma maneira egocêntrica. Os “meios”, ou seja, minhas atitudes, podem prejudicar você, isso não importa desde que o eu quero seja alcançado.

O respeito ao próximo está sendo totalmente esquecido.

A sociedade aponta muito firmemente a falta de ética de pessoas públicas, principalmente dos políticos. No entanto, não consegue perceber que pequenos gestos diários são vistos por outras pessoas como anti-éticos. Exemplo disso é uma pessoa furar a fila de um supermercado, ou num ônibus estar-se sentado na cadeira reservada para idosos e quando este entra no ônibus, tal pessoa não ceder o lugar.

A todo o momento, pessoas querem levar vantagem em relação as demais pessoas, seja nas pequenas coisas ou mesmo nas grandes coisas. Pensa-se que só se é anti-ético quando se rouba do povo, quando se concede a um parente um determinado cargo público.

A solução dos problemas brasileiros não está relacionada apenas com a observância da ética, mas também com a prática. As pessoas devem dar exemplo, ser exemplos, ao invés de ficarem apenas criticando, e na primeira oportunidade que tiverem fazerem o inverso daquilo que tem defendido.

(Paula Cavalcante)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu novo modismo tecnológico.

Sempre sou um pouco atrasada pra essas coisas de modismos tecnológicos. Demorei a fazer fotolog, orkut, twitter...Comentei há alguns dias com Léo, meu noivo, que tinha feito um texto legal e ele disse: "tá vendo, se vc tivesse um blog vc publicaria nele". Pensei pra lá e pra cá...resolvi então criar este blog.Talvez não post com tanta frequência, mas sempre que sair um texto legal,ou uma boa idéia surgir, venho colocar aqui...

é isso... enjoy the blog!